A psicomotricidade relacional na escola I

Publicado em 23 de janeiro de 2013 | Fonte: Maria Cavalcante Durante quinze anos, trabalhei com a educação infanto-juvenil. À medida que os anos passavam, observei que a minha formação em Pedagogia era insuficiente para melhorar o desempenho escolar e prevenir o fracasso. Então, a minha frustração motivou-me ir em busca do pós em Psicopedagogia Clínica. Embora estes novos conhecimentos vieram agregar e ampliar minhas habilidades profissionais, cedo observei seus limites. Quando tive a oportunidade de conhecer a extraordinária ferramenta, criada pela genialidade de André Lapierre, a Psicomotricidade Relacional, senti, enquanto profissional de ensino, que ali estaria a melhor opção para o encaminhamento dos problemas com o aprendizado escolar. É claro que a abordagem dos problemas de aprendizagem é complexa e, por isso, necessita o concurso de conhecimentos multi e interdisciplinares: médicos, profissionais do ensino, dentre outros profissionais. No entanto, a Psicomotricidade Relacional é uma ferramenta oportuna pois o diagnóstico e a terapia se dão através do brincar, que é essência do ser em desenvolvimento. “Toda a pedagogia que não se renova fica rapidamente esclerosada e as “inovações” logo caem em uma rotina mais ou menos disfarçada, na segurança do “já feito”, na facilidade do “previsto”, o que termina por criar uma proteção contra a inovação”. O ensino tradicional condiciona a criança a uma submissão, a um ensino programado. A criança perde progressivamente a sua autonomia e a sua criatividade. Com as ações da Psicomotricidade Relacional, a criança vai saindo desta verdadeira “carapaça” emocional “asfixiante”, buscando possibilidades, a comunicação direta, a aprendizagem prazerosa e a espontaneidade em relação ao mundo e aos outros. Estive recentemente em Fortaleza com a Psicomotricista Relacional, Isabel Bellaguarda Batista, profissional de vanguarda internacional, com a qual constatei o eficiente trabalho com cinco escolas, com excelentes resultados, em parceira com as Prefeituras da região. Na mesma dimensão têm sido os resultados com o Centro Internacional de Análise Relacional (CIAR), comandado pelo Psicomotricista Relacional Leopoldo Vieira, em Curitiba, PR. (*) Maria Cavalcante de Lima é Terapeuta Infantil em Rondonópolis MT