quinta-feira, 17 de maio de 2012

Terapeuta renomado visita a cidade

Publicado em 25 de junho de 2008   |   Fonte: Márcio Sodré - Da Reportagem

Terapeuta renomado visita a cidade

O terapeuta e psicomotricista relacional José Leopoldo Vieira está em visita a Rondonópolis, onde fica até o próximo domingo (29/06), atendendo na clínica Crescer. Ele é apontado como um dos principais difusores da Psicomotricidade Relacional no mundo. O criador da metodologia foi André Lapierre, um francês que passou a Leopoldo a responsabilidade de divulgar para o mundo a nova terapia. “Minha missão foi de mostrar o quanto essa ferramenta pode ajudar crianças, adolescentes e adultos a melhorar seu status quo e sua forma de viver, de lidar com dificuldades”, justificou.
Leopoldo Vieira veio atender um pedido das duas primeiras psicomotricistas relacionais do Estado, Adriane Didyk e Maria de Lima Pinto. A partir disso, foi montado um grupo destinado a pais e outros profissionais da área, para que os interessados pudessem ter um momento para fazer seu processo de análise. Junto com ele veio Luiza Helena Rocha, uma analista corporal da relação e psicomotricista relacional, para começar a fazer um trabalho mais continuado em Rondonópolis. O grupo formado na cidade é integrado por 25 pessoas e já está fechado. Também veio atender individualmente algumas famílias e algumas crianças, mas a agenda também está toda preenchida.
Nascido e criado em Curitiba (PR), José Leopoldo investiu bastante na área das relações humanas. Formado em Educação Física e em Pedagogia, com mestrado em Educação Especial, pós-graduação na Universidade de Boston (EUA), na área do desenvolvimento humano, e doutorado na área de Ciências da Saúde, o profissional está hoje mais voltado para a Psicomotricidade Relacional e a análise corporal da relação, uma vivência terapêutica. No Brasil, começou o trabalho em cima da Psicomotricidade Relacional em 1988. Antes, André Lapierre já tinha vindo ao Brasil, fazendo alguns trabalhos, mas não sedimentou a terapia.
José Leopoldo passou seis anos acompanhando André em vários países. Morava nos EUA e, quando voltou ao Brasil, em 1990, começou a divulgar a todos os cantos dos país a metodologia. A Psicomotricidade Relacional é uma prática que estimula a capacidade relacional, a adaptação sócio-emocional e psicomotora, através do brincar. O terapeuta explica que trata-se de uma metodologia que trabalha tanto a nível terapêutico como profilático e prevenção, dando resultados muito bons, principalmente, dentro das escolas, onde se trabalha com o objetivo de fazer algo preventivo. Ele informa que algumas grandes escolas em grandes cidades já têm colocado a Psicomotricidade Relacional na grade curricular.
Os benefícios da metodologia chamaram a atenção de algumas Prefeituras, Câmaras Municipais e Conselhos de Educação, fazendo com que a Psicomotricidade Relacional conquistasse outro espaço, no caso a escola pública. Existem leis municipais que colocam a Psicomotricidade Relacional como obrigatória dentro do ensino público. Os benefícios, segundo Leopoldo, sãos variados. Trabalha as dificuldades de comportamento, socialização e aprendizagem. Na parte social, vai ajudar a criança a encontrar seu espaço social. Na parte de aprendizagem, vai potencializar as crianças com dificuldades ou sem dificuldades a melhorar o que já fazem. Na parte comportamental, aprendem a lidar com a agressividade sua e a do outro, ajustar a agressividade positiva, melhorar a afirmação diante do outro, a assumir seu poder, a aceitar melhor seus limites, a lidar melhor com as frustrações.
A metodologia é utilizada em crianças, adolescentes e adultos de vários níveis sociais e também dentro de empresas, que é, segundo Leopoldo Vieira, outro trabalho que a Psicomotricidade Relacional começou a atender agora, criando um espaço afetivo, trabalhando a coesão da equipe e buscando resolver relações conflituosas e validar o poder de cada um dentro da equipe. Normalmente, as crianças participam de uma sessão por semana. As sessões duram em média entre 50 minutos e 1 hora, sendo em grupo. “São utilizados vários materiais, que servem de mediadores da comunicação, como bolas, bambolês, cordas, bastões, tecidos, papéis… Tudo isso vai dar outro sentido para a criança em relação à sua comunicação com outras”, situou.
Leopoldo Vieira acredita que um grande desafio, que está prestes a ser concretizado, é fazer com que essa metodologia se torne uma lei nacional, colocando-a nos currículos das escolas públicas no Brasil e, por conseqüência, nas escolas particulares. “Fazendo isso vai ajudar a criança a estruturar o mais rápido possível a sua personalidade, dentro de uma visão mais saudável em relação à saúde mental e emocional”, afirmou, avaliando que a Psicomotricidade Relacional tende a ser mais difundida.
“Poderia dizer que estamos começando agora e a terapia já está bastante difundida, a ponto de estarmos exportando essa metodologia que veio de fora, foi reelaborada e estruturada no Brasil, e agora está indo para o México, Portugal, Espanha e Canadá. Tem vários grupos interessados nessa metodologia porque ela vem dar uma resposta atual a toda uma demanda mundial, que é a relação humana”, acrescentou o psicomotricista.
Leopoldo Vieira destacou ainda o fato de Rondonópolis, que é uma cidade de médio porte, já possuir duas profissionais para atender nesta área, que são as psicomotricistas relacionais Adriane Didyk e Maria de Lima. “A cidade conta com duas profissionais competentes para atender toda essa demanda da criançada, tanto na escola, de forma profilática e preventiva, como na área clínica”, garantiu.

Nenhum comentário:

Postar um comentário